Foi tão marcante o papel do café na formação do Brasil que o ritmo de suas safras funcionou quase como um eletrocardiograma da vida brasileira ao longo dos últimos duzentos anos. Hoje, o país ainda é o maior exportador mundial de café, e são produzidos aqui 35% do total consumido no planeta.
Cultivado inicialmente no Pará, depois no Ceará e no Maranhão, o café chegou finalmente ao Rio de Janeiro quando duas mudas foram plantadas na horta do convento dos Barbadinhos Italianos. Em poucos anos, toda a área que corresponde hoje à Floresta da Tijuca estava coberta por uma lavoura de café. Dali se estenderia ao Vale do Paraíba rumo a outras terras propícias. Que espanto experimentariam os guardiões daqueles incertos exemplares originais se pudessem verificar que as mudas aos seus cuidados acabariam por sustentar, mais do que uma lavoura, um país.
O café marca o início do Brasil moderno: sua expansão colocou o país na era das ferrovias, impulsionou a urbanização, modernizou os portos, aprimorou os mecanismos de crédito e acelerou a industrialização. Deve-se ao café, também, a diversificação da nossa demografia, oxigenada por costumes de múltiplas imigrações, que inauguraram a era do trabalho livre, pós-abolição.
Há quem sustente que o café é o marco inicial do capitalismo brasileiro, já que tanto o açúcar quanto o ouro, riquezas que o precederam, consistiam, na verdade, de capítulos da economia de Portugal — cabia-nos apenas o papel de fornecedores. Empreendedores de uma nova era, construíram-se à custa de trabalho — não raro de toda a família —, de competência e de uma indisfarçável paixão pelo que fazem, como se verá pelos personagens aqui presentes.
Foi tão marcante o papel do café na formação do Brasil que o ritmo de suas safras funcionou quase como um eletrocardiograma da vida brasileira ao longo dos últimos duzentos anos. Hoje, o país ainda é o maior exportador mundial de café, e são produzidos aqui 35% do total consumido no planeta.
Cultivado inicialmente no Pará, depois no Ceará e no Maranhão, o café chegou finalmente ao Rio de Janeiro quando duas mudas foram plantadas na horta do convento dos Barbadinhos Italianos. Em poucos anos, toda a área que corresponde hoje à Floresta da Tijuca estava coberta por uma lavoura de café. Dali se estenderia ao Vale do Paraíba rumo a outras terras propícias. Que espanto experimentariam os guardiões daqueles incertos exemplares originais se pudessem verificar que as mudas aos seus cuidados acabariam por sustentar, mais do que uma lavoura, um país.
O café marca o início do Brasil moderno: sua expansão colocou o país na era das ferrovias, impulsionou a urbanização, modernizou os portos, aprimorou os mecanismos de crédito e acelerou a industrialização. Deve-se ao café, também, a diversificação da nossa demografia, oxigenada por costumes de múltiplas imigrações, que inauguraram a era do trabalho livre, pós-abolição.
Há quem sustente que o café é o marco inicial do capitalismo brasileiro, já que tanto o açúcar quanto o ouro, riquezas que o precederam, consistiam, na verdade, de capítulos da economia de Portugal — cabia-nos apenas o papel de fornecedores. Empreendedores de uma nova era, construíram-se à custa de trabalho — não raro de toda a família —, de competência e de uma indisfarçável paixão pelo que fazem, como se verá pelos personagens aqui presentes.
Foi tão marcante o papel do café na formação do Brasil que o ritmo de suas safras funcionou quase como um eletrocardiograma da vida brasileira ao longo dos últimos duzentos anos. Hoje, o país ainda é o maior exportador mundial de café, e são produzidos aqui 35% do total consumido no planeta.
Cultivado inicialmente no Pará, depois no Ceará e no Maranhão, o café chegou finalmente ao Rio de Janeiro quando duas mudas foram plantadas na horta do convento dos Barbadinhos Italianos. Em poucos anos, toda a área que corresponde hoje à Floresta da Tijuca estava coberta por uma lavoura de café. Dali se estenderia ao Vale do Paraíba rumo a outras terras propícias. Que espanto experimentariam os guardiões daqueles incertos exemplares originais se pudessem verificar que as mudas aos seus cuidados acabariam por sustentar, mais do que uma lavoura, um país.
O café marca o início do Brasil moderno: sua expansão colocou o país na era das ferrovias, impulsionou a urbanização, modernizou os portos, aprimorou os mecanismos de crédito e acelerou a industrialização. Deve-se ao café, também, a diversificação da nossa demografia, oxigenada por costumes de múltiplas imigrações, que inauguraram a era do trabalho livre, pós-abolição.
Há quem sustente que o café é o marco inicial do capitalismo brasileiro, já que tanto o açúcar quanto o ouro, riquezas que o precederam, consistiam, na verdade, de capítulos da economia de Portugal — cabia-nos apenas o papel de fornecedores. Empreendedores de uma nova era, construíram-se à custa de trabalho — não raro de toda a família —, de competência e de uma indisfarçável paixão pelo que fazem, como se verá pelos personagens aqui presentes.
Pedro de Alcântara Rego de Lima nasceu em 1964, em São Miguel, município de menos de 20 mil habitantes no Rio Grande do Norte. Seus pais já tinham perdido três filhos, na primeira infância, vítimas do desamparo da região. Como os irmãos, ele estudou sempre em escolas da rede pública. Foi a formação que recebeu em casa que lhe deu as primeiras ferramentas para a carreira que construiu.
Com o pai sonhador, em suas palavras “um empreendedor que nunca se tornou empresário”, aprendeu a importância dos laços duradouros, da cidadania que deve permear todas as relações e do desapego, sem o qual não é possível ousar. A mãe, costureira, lhe passou a âncora da realidade e a ambição de ampliar horizontes. Aos vinte anos tomou o que considera a decisão mais arriscada de sua vida: abandonou a faculdade de agronomia de Mossoró e voltou para São Miguel. Achou que combinava mais com seu sonho tentar tornar rentáveis os pequenos negócios do pai: uma padaria, uma torrefação de café, uma fábrica de sabão e uma escopadeira de arroz.
Pedro de Alcântara Rego de Lima nasceu em 1964, em São Miguel, município de menos de 20 mil habitantes no Rio Grande do Norte. Seus pais já tinham perdido três filhos, na primeira infância, vítimas do desamparo da região. Como os irmãos, ele estudou sempre em escolas da rede pública. Foi a formação que recebeu em casa que lhe deu as primeiras ferramentas para a carreira que construiu.
Com o pai sonhador, em suas palavras “um empreendedor que nunca se tornou empresário”, aprendeu a importância dos laços duradouros, da cidadania que deve permear todas as relações e do desapego, sem o qual não é possível ousar. A mãe, costureira, lhe passou a âncora da realidade e a ambição de ampliar horizontes. Aos vinte anos tomou o que considera a decisão mais arriscada de sua vida: abandonou a faculdade de agronomia de Mossoró e voltou para São Miguel. Achou que combinava mais com seu sonho tentar tornar rentáveis os pequenos negócios do pai: uma padaria, uma torrefação de café, uma fábrica de sabão e uma escopadeira de arroz.
Pedro de Alcântara Rego de Lima nasceu em 1964, em São Miguel, município de menos de 20 mil habitantes no Rio Grande do Norte. Seus pais já tinham perdido três filhos, na primeira infância, vítimas do desamparo da região. Como os irmãos, ele estudou sempre em escolas da rede pública. Foi a formação que recebeu em casa que lhe deu as primeiras ferramentas para a carreira que construiu.
Com o pai sonhador, em suas palavras “um empreendedor que nunca se tornou empresário”, aprendeu a importância dos laços duradouros, da cidadania que deve permear todas as relações e do desapego, sem o qual não é possível ousar. A mãe, costureira, lhe passou a âncora da realidade e a ambição de ampliar horizontes. Aos vinte anos tomou o que considera a decisão mais arriscada de sua vida: abandonou a faculdade de agronomia de Mossoró e voltou para São Miguel. Achou que combinava mais com seu sonho tentar tornar rentáveis os pequenos negócios do pai: uma padaria, uma torrefação de café, uma fábrica de sabão e uma escopadeira de arroz.
Ricardo Tavares e sua trajetória de quarenta anos no mundo do café têm conferido novo significado ao bordão da sabedoria popular, ciência do homem do campo, que ensina que não há como deter a chegada das estações e as transformações que elas operam na natureza: sua Fazenda Primavera, em Angelândia, Minas Gerais, chegou como o vento que semeia, reconfigurando o modo de produção e a geração de valor no segmento dos cafés especiais, tendo arrebatado um dos mais importantes prêmios internacionais de qualidade
depois de apenas três anos em operação. Para ele, o café brasileiro tem um futuro brilhante tanto para o consumo quanto para a produção.
Os feitos mais recentes da família Ribeiro Tavares estão associados à sua marca de cafés especiais, a Coffee ++ — com apenas dois anos de torras —, mas suas glórias têm chão. Remontam pelo menos a 1953, quando seu Aprígio Tavares, falecido recentemente, montou seu primeiro negócio no ramo, uma pequena indústria de café. Encerrada um pouco depois, o cafeicultor passaria a trading, sem imaginar que suas andanças comprando e vendendo café pelo Brasil arrastariam o filho em seu rastro e o trariam, tempos depois, de volta
à indústria, com uma das marcas mais tradicionais de Minas Gerais.
Ricardo Tavares e sua trajetória de quarenta anos no mundo do café têm conferido novo significado ao bordão da sabedoria popular, ciência do homem do campo, que ensina que não há como deter a chegada das estações e as transformações que elas operam na natureza: sua Fazenda Primavera, em Angelândia, Minas Gerais, chegou como o vento que semeia, reconfigurando o modo de produção e a geração de valor no segmento dos cafés especiais, tendo arrebatado um dos mais importantes prêmios internacionais de qualidade
depois de apenas três anos em operação. Para ele, o café brasileiro tem um futuro brilhante tanto para o consumo quanto para a produção.
Os feitos mais recentes da família Ribeiro Tavares estão associados à sua marca de cafés especiais, a Coffee ++ — com apenas dois anos de torras —, mas suas glórias têm chão. Remontam pelo menos a 1953, quando seu Aprígio Tavares, falecido recentemente, montou seu primeiro negócio no ramo, uma pequena indústria de café. Encerrada um pouco depois, o cafeicultor passaria a trading, sem imaginar que suas andanças comprando e vendendo café pelo Brasil arrastariam o filho em seu rastro e o trariam, tempos depois, de volta
à indústria, com uma das marcas mais tradicionais de Minas Gerais.
Ricardo Tavares e sua trajetória de quarenta anos no mundo do café têm conferido novo significado ao bordão da sabedoria popular, ciência do homem do campo, que ensina que não há como deter a chegada das estações e as transformações que elas operam na natureza: sua Fazenda Primavera, em Angelândia, Minas Gerais, chegou como o vento que semeia, reconfigurando o modo de produção e a geração de valor no segmento dos cafés especiais, tendo arrebatado um dos mais importantes prêmios internacionais de qualidade
depois de apenas três anos em operação. Para ele, o café brasileiro tem um futuro brilhante tanto para o consumo quanto para a produção.
Os feitos mais recentes da família Ribeiro Tavares estão associados à sua marca de cafés especiais, a Coffee ++ — com apenas dois anos de torras —, mas suas glórias têm chão. Remontam pelo menos a 1953, quando seu Aprígio Tavares, falecido recentemente, montou seu primeiro negócio no ramo, uma pequena indústria de café. Encerrada um pouco depois, o cafeicultor passaria a trading, sem imaginar que suas andanças comprando e vendendo café pelo Brasil arrastariam o filho em seu rastro e o trariam, tempos depois, de volta
à indústria, com uma das marcas mais tradicionais de Minas Gerais.
Em noventa anos de existência, a Cooxupé, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, Minas Gerais, teve apenas três presidentes — Isaac Ribeiro Ferreira Leite, o dr. Isaac, seu fundador, Carlos Alberto Paulino da Costa e Carlos Augusto Rodrigues de Melo. O ritmo da sucessão faz lembrar a tradição de uma casa real, mas o dinamismo de seus resultados nestes quase cem anos de cafeicultura indica uma gestão ágil e moderna, dos tempos encurtados da era digital, que conecta a cooperativa a todo o saber acumulado pelo
setor cafeeiro e pelo agronegócio brasileiro.
Empossado em 2019 como o sucessor de Paulino, de quem foi vice-presidente e colega de Conselho de Administração, Rodrigues de Melo é um dos responsáveis pelo protagonismo contemporâneo da Cooxupé, atuando firme na modernização de seus processos para enfrentar as “exigências dos dias de hoje”, como ele se refere ao tripé do ESG — ambiental, social e governança.
Em noventa anos de existência, a Cooxupé, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, Minas Gerais, teve apenas três presidentes — Isaac Ribeiro Ferreira Leite, o dr. Isaac, seu fundador, Carlos Alberto Paulino da Costa e Carlos Augusto Rodrigues de Melo. O ritmo da sucessão faz lembrar a tradição de uma casa real, mas o dinamismo de seus resultados nestes quase cem anos de cafeicultura indica uma gestão ágil e moderna, dos tempos encurtados da era digital, que conecta a cooperativa a todo o saber acumulado pelo
setor cafeeiro e pelo agronegócio brasileiro.
Empossado em 2019 como o sucessor de Paulino, de quem foi vice-presidente e colega de Conselho de Administração, Rodrigues de Melo é um dos responsáveis pelo protagonismo contemporâneo da Cooxupé, atuando firme na modernização de seus processos para enfrentar as “exigências dos dias de hoje”, como ele se refere ao tripé do ESG — ambiental, social e governança.
Em noventa anos de existência, a Cooxupé, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, Minas Gerais, teve apenas três presidentes — Isaac Ribeiro Ferreira Leite, o dr. Isaac, seu fundador, Carlos Alberto Paulino da Costa e Carlos Augusto Rodrigues de Melo. O ritmo da sucessão faz lembrar a tradição de uma casa real, mas o dinamismo de seus resultados nestes quase cem anos de cafeicultura indica uma gestão ágil e moderna, dos tempos encurtados da era digital, que conecta a cooperativa a todo o saber acumulado pelo
setor cafeeiro e pelo agronegócio brasileiro.
Empossado em 2019 como o sucessor de Paulino, de quem foi vice-presidente e colega de Conselho de Administração, Rodrigues de Melo é um dos responsáveis pelo protagonismo contemporâneo da Cooxupé, atuando firme na modernização de seus processos para enfrentar as “exigências dos dias de hoje”, como ele se refere ao tripé do ESG — ambiental, social e governança.