Povos originais das Américas costumavam plantar suas culturas à sombra das florestas e, alguns deles, mantinham rebanhos na mesma área. Os primeiros imigrantes europeus a se instalarem no Novo Mundo, sobretudo os originários de regiões de pequenas propriedades, também sabiam integrar à floresta lavouras e criações. Há registros do século 16 sobre criação de animais junto com árvores frutíferas, na península Ibérica. Mas nenhum desses antigos lavradores poderia imaginar que essas práticas seriam encaradas, séculos mais tarde, não só como a salvação da lavoura, para usar uma antiga expressão brasileira, mas até como um modo de poupar os recursos do planeta.
A integração entre lavoura, pecuária e floresta, iLPF, é um dos alicerces da estratégia oficial do Brasil, Plano ABC, para uma agricultura de baixa emissão de carbono, essencial para cumprir os compromissos assumidos pelo país na COP15, em 2009, e no Acordo de Paris, em 2015. E o mais bem-sucedido.
A meta era chegar a 2020 com mais 4 milhões de hectares de propriedades agrícolas adotando iLPF. Em 2016, a combinação de diferentes atividades já havia saltado para cerca de 6 milhões de hectares. Estima-se que em 2022 esse número tenha chegado a quase 18 milhões de hectares.
A convivência entre lavoura e pecuária tinha caído em desuso com a progressiva mecanização da agricultura, a partir do século 19. Foi impulsionada pelo sistema de plantio direto, SPD, difundido a partir dos anos 1970, para recuperação de solos degradados. Feito com pouco revolvimento da terra e com uma camada protetora de palha, o método protege da ação do sol e da chuva as camadas inferiores do solo. O cultivo de forragem junto com o de grãos garante a cobertura do campo após a colheita com a palha da forragem. O uso da mesma área para lavoura e pecuária foi se tornando cada vez mais comum.
Povos originais das Américas costumavam plantar suas culturas à sombra das florestas e, alguns deles, mantinham rebanhos na mesma área. Os primeiros imigrantes europeus a se instalarem no Novo Mundo, sobretudo os originários de regiões de pequenas propriedades, também sabiam integrar à floresta lavouras e criações. Há registros do século 16 sobre criação de animais junto com árvores frutíferas, na península Ibérica. Mas nenhum desses antigos lavradores poderia imaginar que essas práticas seriam encaradas, séculos mais tarde, não só como a salvação da lavoura, para usar uma antiga expressão brasileira, mas até como um modo de poupar os recursos do planeta.
A integração entre lavoura, pecuária e floresta, iLPF, é um dos alicerces da estratégia oficial do Brasil, Plano ABC, para uma agricultura de baixa emissão de carbono, essencial para cumprir os compromissos assumidos pelo país na COP15, em 2009, e no Acordo de Paris, em 2015. E o mais bem-sucedido.
A meta era chegar a 2020 com mais 4 milhões de hectares de propriedades agrícolas adotando iLPF. Em 2016, a combinação de diferentes atividades já havia saltado para cerca de 6 milhões de hectares. Estima-se que em 2022 esse número tenha chegado a quase 18 milhões de hectares.
A convivência entre lavoura e pecuária tinha caído em desuso com a progressiva mecanização da agricultura, a partir do século 19. Foi impulsionada pelo sistema de plantio direto, SPD, difundido a partir dos anos 1970, para recuperação de solos degradados. Feito com pouco revolvimento da terra e com uma camada protetora de palha, o método protege da ação do sol e da chuva as camadas inferiores do solo. O cultivo de forragem junto com o de grãos garante a cobertura do campo após a colheita com a palha da forragem. O uso da mesma área para lavoura e pecuária foi se tornando cada vez mais comum.
Povos originais das Américas costumavam plantar suas culturas à sombra das florestas e, alguns deles, mantinham rebanhos na mesma área. Os primeiros imigrantes europeus a se instalarem no Novo Mundo, sobretudo os originários de regiões de pequenas propriedades, também sabiam integrar à floresta lavouras e criações. Há registros do século 16 sobre criação de animais junto com árvores frutíferas, na península Ibérica. Mas nenhum desses antigos lavradores poderia imaginar que essas práticas seriam encaradas, séculos mais tarde, não só como a salvação da lavoura, para usar uma antiga expressão brasileira, mas até como um modo de poupar os recursos do planeta.
A integração entre lavoura, pecuária e floresta, iLPF, é um dos alicerces da estratégia oficial do Brasil, Plano ABC, para uma agricultura de baixa emissão de carbono, essencial para cumprir os compromissos assumidos pelo país na COP15, em 2009, e no Acordo de Paris, em 2015. E o mais bem-sucedido.
A meta era chegar a 2020 com mais 4 milhões de hectares de propriedades agrícolas adotando iLPF. Em 2016, a combinação de diferentes atividades já havia saltado para cerca de 6 milhões de hectares. Estima-se que em 2022 esse número tenha chegado a quase 18 milhões de hectares.
A convivência entre lavoura e pecuária tinha caído em desuso com a progressiva mecanização da agricultura, a partir do século 19. Foi impulsionada pelo sistema de plantio direto, SPD, difundido a partir dos anos 1970, para recuperação de solos degradados. Feito com pouco revolvimento da terra e com uma camada protetora de palha, o método protege da ação do sol e da chuva as camadas inferiores do solo. O cultivo de forragem junto com o de grãos garante a cobertura do campo após a colheita com a palha da forragem. O uso da mesma área para lavoura e pecuária foi se tornando cada vez mais comum.
Vem de 2021 a gestão do engenheiro mecatrônico formado pela Poli-USP João Carlos Ronchel Soares, à frente da Tanac. Ele assumiu a presidência executiva com a missão de abrir um novo ciclo de crescimento na companhia. Com uma longa carreira de consultor e executivo na indústria automotiva e em negócios com commodities nas áreas de mineração e de papel e celulose, incluindo passagens por França, Holanda e Finlândia, o executivo não esconde o entusiasmo na nova empreitada. “O modelo de negócio da Tanac é ESG na veia desde sua fundação”, afirma.
Seu maior desafio é superar a limitação de produção da acácia negra “faça chuva ou faça sol”, aumentando a área plantada em 7 mil hectares por ano. Sua matéria-prima da árvore alimenta três ramos de negócios verdes da empresa. Da casca, produz o valioso tanino, usado em uma afinidade de indústrias, desde o curtume, passando pelos químicos, até a ração animal. Da madeira, produz o cavaco, usado na produção de papel e celulose, insumo 100% exportado para a Europa e a Ásia. E da sobra da produção a Tanac produz pellets, uma espécie de granulados de madeira, biomassa vendida para a geração de energia termelétrica na Inglaterra. “A cada tonelada de CO2 equivalente que emitimos, elevamos nossa captura de seis para sete toneladas, fruto das novas áreas que já foram plantadas”, se orgulha Soares.
Vem de 2021 a gestão do engenheiro mecatrônico formado pela Poli-USP João Carlos Ronchel Soares, à frente da Tanac. Ele assumiu a presidência executiva com a missão de abrir um novo ciclo de crescimento na companhia. Com uma longa carreira de consultor e executivo na indústria automotiva e em negócios com commodities nas áreas de mineração e de papel e celulose, incluindo passagens por França, Holanda e Finlândia, o executivo não esconde o entusiasmo na nova empreitada. “O modelo de negócio da Tanac é ESG na veia desde sua fundação”, afirma.
Seu maior desafio é superar a limitação de produção da acácia negra “faça chuva ou faça sol”, aumentando a área plantada em 7 mil hectares por ano. Sua matéria-prima da árvore alimenta três ramos de negócios verdes da empresa. Da casca, produz o valioso tanino, usado em uma afinidade de indústrias, desde o curtume, passando pelos químicos, até a ração animal. Da madeira, produz o cavaco, usado na produção de papel e celulose, insumo 100% exportado para a Europa e a Ásia. E da sobra da produção a Tanac produz pellets, uma espécie de granulados de madeira, biomassa vendida para a geração de energia termelétrica na Inglaterra. “A cada tonelada de CO2 equivalente que emitimos, elevamos nossa captura de seis para sete toneladas, fruto das novas áreas que já foram plantadas”, se orgulha Soares.
Vem de 2021 a gestão do engenheiro mecatrônico formado pela Poli-USP João Carlos Ronchel Soares, à frente da Tanac. Ele assumiu a presidência executiva com a missão de abrir um novo ciclo de crescimento na companhia. Com uma longa carreira de consultor e executivo na indústria automotiva e em negócios com commodities nas áreas de mineração e de papel e celulose, incluindo passagens por França, Holanda e Finlândia, o executivo não esconde o entusiasmo na nova empreitada. “O modelo de negócio da Tanac é ESG na veia desde sua fundação”, afirma.
Seu maior desafio é superar a limitação de produção da acácia negra “faça chuva ou faça sol”, aumentando a área plantada em 7 mil hectares por ano. Sua matéria-prima da árvore alimenta três ramos de negócios verdes da empresa. Da casca, produz o valioso tanino, usado em uma afinidade de indústrias, desde o curtume, passando pelos químicos, até a ração animal. Da madeira, produz o cavaco, usado na produção de papel e celulose, insumo 100% exportado para a Europa e a Ásia. E da sobra da produção a Tanac produz pellets, uma espécie de granulados de madeira, biomassa vendida para a geração de energia termelétrica na Inglaterra. “A cada tonelada de CO2 equivalente que emitimos, elevamos nossa captura de seis para sete toneladas, fruto das novas áreas que já foram plantadas”, se orgulha Soares.
José Francisco Brito Eusébio, fundador do grupo Marca JE, é um recordista. Em 1992, foi campeão europeu de criação de gado charolês; hoje é o maior vendedor de bezerros de Mato Grosso, o segundo maior registrador de gado puro nelore da ABCZ, Associação Brasileira de Criadores de Zebu e o maior criador mundial de cavalos puro sangue lusitanos. O programa de integração lavoura e pecuária das fazendas do grupo Marca JE, em Mato Grosso, é o maior do Brasil com foco exclusivo em cria, fazendo do grupo o maior vendedor de gado em leilões do Brasil.
Nascido em 1950, numa família de pecuaristas do Alentejo, em Portugal, José Eusébio saiu de casa aos doze anos, para estudar e trabalhar em Lisboa, mas não perdeu a ligação com o campo — desde jovem, aos dezoito anos, já comprava e levava gado para abate na capital. Aos vinte e dois anos, o serviço militar o afastou de suas atividades. Portugal estava mergulhado nas guerras coloniais na África. Eusébio foi poupado do front porque era exímio em sistemas de comunicação e foi mandado para o Timor, então colônia portuguesa, onde trabalhou em diversas frentes, de comunicação e inteligência militar, mas também de apoio à população local, uma experiência que, segundo ele, abriu-lhe horizontes gigantescos.
Assista ao vídeo com o filho de José Eusébio, Nuno Eusébio, para conhecer mais desta história.
José Francisco Brito Eusébio, fundador do grupo Marca JE, é um recordista. Em 1992, foi campeão europeu de criação de gado charolês; hoje é o maior vendedor de bezerros de Mato Grosso, o segundo maior registrador de gado puro nelore da ABCZ, Associação Brasileira de Criadores de Zebu e o maior criador mundial de cavalos puro sangue lusitanos. O programa de integração lavoura e pecuária das fazendas do grupo Marca JE, em Mato Grosso, é o maior do Brasil com foco exclusivo em cria, fazendo do grupo o maior vendedor de gado em leilões do Brasil.
Nascido em 1950, numa família de pecuaristas do Alentejo, em Portugal, José Eusébio saiu de casa aos doze anos, para estudar e trabalhar em Lisboa, mas não perdeu a ligação com o campo — desde jovem, aos dezoito anos, já comprava e levava gado para abate na capital. Aos vinte e dois anos, o serviço militar o afastou de suas atividades. Portugal estava mergulhado nas guerras coloniais na África. Eusébio foi poupado do front porque era exímio em sistemas de comunicação e foi mandado para o Timor, então colônia portuguesa, onde trabalhou em diversas frentes, de comunicação e inteligência militar, mas também de apoio à população local, uma experiência que, segundo ele, abriu-lhe horizontes gigantescos.
José Francisco Brito Eusébio, fundador do grupo Marca JE, é um recordista. Em 1992, foi campeão europeu de criação de gado charolês; hoje é o maior vendedor de bezerros de Mato Grosso, o segundo maior registrador de gado puro nelore da ABCZ, Associação Brasileira de Criadores de Zebu e o maior criador mundial de cavalos puro sangue lusitanos. O programa de integração lavoura e pecuária das fazendas do grupo Marca JE, em Mato Grosso, é o maior do Brasil com foco exclusivo em cria, fazendo do grupo o maior vendedor de gado em leilões do Brasil.
Nascido em 1950, numa família de pecuaristas do Alentejo, em Portugal, José Eusébio saiu de casa aos doze anos, para estudar e trabalhar em Lisboa, mas não perdeu a ligação com o campo — desde jovem, aos dezoito anos, já comprava e levava gado para abate na capital. Aos vinte e dois anos, o serviço militar o afastou de suas atividades. Portugal estava mergulhado nas guerras coloniais na África. Eusébio foi poupado do front porque era exímio em sistemas de comunicação e foi mandado para o Timor, então colônia portuguesa, onde trabalhou em diversas frentes, de comunicação e inteligência militar, mas também de apoio à população local, uma experiência que, segundo ele, abriu-lhe horizontes gigantescos.
Assista ao vídeo com o filho de José Eusébio, Nuno Eusébio, para conhecer mais desta história.
“Assim como o nome da fazenda, essa é uma terra muito boa.” A afirmação de Armando Martins de Oliveira, 75 anos, esconde uma história nem tão simples assim. Engenheiro elétrico formado no Rio de Janeiro com a vocação de pecuarista irrigada pelo avô às margens do rio Cuiabá, no Mato Grosso, ele sabe melhor do que ninguém que a fertilidade não é garantia de alta produção. “Quando um amigo me convidou para conhecer a propriedade, eu me apaixonei pela qualidade do solo, mas não tinha como fechar o negócio”, conta o empresário, com atividades no ramo imobiliário e no de geração de energia, entre outras atividades. Em uma aquisição com muitas dificuldades, Armando esperou quase uma década para arrematar a fazenda e investir na promessa expressa em seu nome. “A Terra Boa já anda sozinha há três anos, mas para eu chegar lá…”
Aqui, as reticências começam a revelar a complexidade do que o novo proprietário pôs em prática em Araputanga, no centro oeste do Mato Grosso. Com larga experiência na criação de gado de corte, ele olhou para aquele canto com olhos clínicos. “Eu tinha uma noção bem razoável do que era terra de mata”, terra boa, lembra ele, mas também era evidente que o dono anterior não realizava seu potencial. “Hoje, eu estou lá engordando 15 mil cabeças na mesma área.”
“Assim como o nome da fazenda, essa é uma terra muito boa.” A afirmação de Armando Martins de Oliveira, 75 anos, esconde uma história nem tão simples assim. Engenheiro elétrico formado no Rio de Janeiro com a vocação de pecuarista irrigada pelo avô às margens do rio Cuiabá, no Mato Grosso, ele sabe melhor do que ninguém que a fertilidade não é garantia de alta produção. “Quando um amigo me convidou para conhecer a propriedade, eu me apaixonei pela qualidade do solo, mas não tinha como fechar o negócio”, conta o empresário, com atividades no ramo imobiliário e no de geração de energia, entre outras atividades. Em uma aquisição com muitas dificuldades, Armando esperou quase uma década para arrematar a fazenda e investir na promessa expressa em seu nome. “A Terra Boa já anda sozinha há três anos, mas para eu chegar lá…”
Aqui, as reticências começam a revelar a complexidade do que o novo proprietário pôs em prática em Araputanga, no centro oeste do Mato Grosso. Com larga experiência na criação de gado de corte, ele olhou para aquele canto com olhos clínicos. “Eu tinha uma noção bem razoável do que era terra de mata”, terra boa, lembra ele, mas também era evidente que o dono anterior não realizava seu potencial. “Hoje, eu estou lá engordando 15 mil cabeças na mesma área.”
“Assim como o nome da fazenda, essa é uma terra muito boa.” A afirmação de Armando Martins de Oliveira, 75 anos, esconde uma história nem tão simples assim. Engenheiro elétrico formado no Rio de Janeiro com a vocação de pecuarista irrigada pelo avô às margens do rio Cuiabá, no Mato Grosso, ele sabe melhor do que ninguém que a fertilidade não é garantia de alta produção. “Quando um amigo me convidou para conhecer a propriedade, eu me apaixonei pela qualidade do solo, mas não tinha como fechar o negócio”, conta o empresário, com atividades no ramo imobiliário e no de geração de energia, entre outras atividades. Em uma aquisição com muitas dificuldades, Armando esperou quase uma década para arrematar a fazenda e investir na promessa expressa em seu nome. “A Terra Boa já anda sozinha há três anos, mas para eu chegar lá…”
Aqui, as reticências começam a revelar a complexidade do que o novo proprietário pôs em prática em Araputanga, no centro oeste do Mato Grosso. Com larga experiência na criação de gado de corte, ele olhou para aquele canto com olhos clínicos. “Eu tinha uma noção bem razoável do que era terra de mata”, terra boa, lembra ele, mas também era evidente que o dono anterior não realizava seu potencial. “Hoje, eu estou lá engordando 15 mil cabeças na mesma área.”
A trajetória de Irineo da Costa Rodrigues no agronegócio se confunde com sua própria vida. Ainda criança, em Canguçu, no Rio Grande do Sul, o atual presidente da LAR Cooperativa Agroindustrial, a cooperativa que hoje mais emprega no país, recebeu do pai um pedaço de terra na pequena propriedade da família para cultivar com um incentivo peculiar. “Quando colher, ele dizia, o que vender vai para o seu bolso”, lembra Rodrigues.
Resultado, tomou gosto pela coisa. Depois de sete anos no colégio agrícola, cursou agronomia por mais quatro,em Pelotas. Formado, partiu do Rio Grande do Sul. “Eu sabia pelas notícias que Santa Catarina e Paraná tinham muitos empregos”, conta. Queria ser produtor rural. Seu caminho o levaria a uma escala no serviço público, se engajando à equipe de agrônomos da Emater, o instituto de desenvolvimento agrário do Paraná. Depois de seis anos e meio no trabalho de extensão rural no extremo oeste do estado, enfim se iniciaria como produtor, arrendando suas primeiras terras ali mesmo na região.